Já tradicional no calendário de eventos de Jaboticabal, o Acústico Rosa chega à sua 5ª edição e apresenta uma grande novidade em 2019: neste ano, a modelo, apresentadora e cantora Sabrina Parlatore sobe ao palco da Concha Acústica, no dia 10 de outubro, a partir das 19 horas, para cantar e emocionar os presentes, ao lado de Lara Ferraz, Luana Costa, Marcela Oliveira, Fernanda Chelli e da dupla Divaz. O evento ainda conta apresentação de dança do ventre da dançarina Cris Belarmino.

Muito além da apresentação musical, a participação de Sabrina é importantíssima para ressaltar a essência daquilo que é o evento: ela também enfrentou o câncer de mama e, atualmente, se dedica a contar a batalha que enfrentou para ajudar e inspirar outras mulheres.

A história de Sabrina tem relação estreita com tudo aquilo que simboliza o Acústico Rosa: o show feito apenas por mulheres tem como objetivo sensibilizar e exaltar a luta delas contra a doença. No ano passado, homenageamos algumas delas que enfrentaram e venceram essa batalha, além de profissionais da Unimed Jaboticabal que estão lado a lado delas nessa frente.

Idealizado pela Unimed Jaboticabal e realizado desde 2015, o Acústico Rosa reúne cantoras locais e regionais para um show de música em homenagem à luta contra o câncer de mama. As primeiras edições contaram com apresentações apenas de artistas de Jaboticabal. As edições mais recentes, no entanto, abriram espaço também para cantoras da região se apresentarem no palco da Concha Acústica.

A entrada para o evento, que tem apoio da Prefeitura de Jaboticabal, é gratuita, mas no local haverá arrecadação de um litro de leite para doação ao Fundo Social de Solidariedade do município. Além disso, o bar da Concha Acústica terá sua renda revertida em prol do Hospital e Maternidade Santa Isabel. Haverá, ainda, distribuição gratuita de pipoca e algodão doce.

Muito além da música

O Acústico Rosa é uma iniciativa da cooperativa médica para chamar a atenção da comunidade para a importância da prevenção do câncer de mama.

De todos os tipos da doença que atinge as mulheres no país, cerca de 25% correspondem ao câncer de mama – é o segundo tipo mais frequente, atrás apenas do de pele não melanoma. Além disso, é o que apresenta maior índice de mortalidade, com aproximadamente 15% dos óbitos de câncer registrados no público feminino.

Os dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer reforçam ainda mais importância da prevenção. Ainda segundo o Inca, 2019 deve registrar quase 60 mil novos casos da doença – cerca de 56,33 casos a cada grupo de 100 mil mulheres.

A alta taxa de mortalidade em números absolutos, no entanto, contrasta com a relativa baixa letalidade da doença, principalmente quando diagnosticada precocemente – menor que um terço dos casos identificados.

Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, segundo o instituto, são: idade da primeira menstruação menor do que 12 anos; menopausa após os 55 anos; mulheres que nunca engravidaram ou não tiveram filhos; primeira gravidez após os 30; uso de alguns anticoncepcionais e terapia de reposição hormonal na menopausa; exposição à radiação ionizante; consumo de álcool; dietas hipercalóricas; sedentarismo; e predisposição genética.

Ainda de acordo com o Inca, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como a prática de atividade física regular; adoção de uma alimentação saudável; a manutenção do peso corporal adequado; a redução do consumo de bebidas alcoólicas e a amamentação.

O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (quatro a cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Outros aspectos que aumentam o risco da doença são ambientais e comportamentais, a história reprodutiva e hormonal e ainda fatores genéticos e hereditários.